Há quem zombe do amor
por dois motivos:
ou foi magoado por ele,
ou tem inveja por nunca ter conhecido.
O primeiro vive de lembranças
mas não admite
pois do amor só restou a dor.
Então como defesa vive a difamar
tal sentimento sem louvor.
O outro se rasteja entre pernas e abraços
conhece infinitas bocas e gostos
mas nunca provou de um coração.
Pobre coitado infeliz.
Eu não...
Eu lambo as feridas abertas do amor.
Rasgo meu peito e digo "entre"!
Depois eu prendo ele lá dentro
até que ele saia pelos meus buracos,
pelos meus poros.
E se o amor me bate,
ofereço a outra face.
Como uma putinha que sempre volta para seu macho.
Eu volto de corpo aberto para o amor.
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